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Sector Primário |
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Por
concelho: Principais actividades do
sector; caracterização agrícola![]() |
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Santarém, um distrito agrícola | Com uma vasta superfície
agrícola utilizada (SAU), de 258 mil ha., cerca de 7% da
do território nacional, e com uma área florestal de 160
mil ha., perto de 17% da nacional, o distrito de
Santarém possui inegáveis condições naturais, para o
desenvolvimento das actividades agrícolas, florestais e
pecuárias. Dotado, fundamentalmente, de três zonas geomorfológicas, o "bairro", a "lezíria" e a "chameca", o tenitório distrital, identificado culturalmente, quase na globalidade, com a região ribatejana, encontra-se hoje subdividido, em termos de planeamento, nas sub-regiões da Lezíria e do Médio Tejo, englobando ainda o concelho de Mação pertencendo à sub-região do Pinhal Interior. Nesta caracterização regional, tomamos a liberdade de incluir Mação no Médio Tejo, decisão que facilitará esta análise e que decerto, também, não desagradaria aos seus responsáveis autárquicos. Segundo o último Recenseamento Geral Agrícola realizado pelo lNE em 1989, e na ausência de outra fonte oficial de informação mais recente, verificava-se que, neste vasto território inserido na Bacia hidrográfica do Tejo, laboravam 42.794 explorações agrícolas, encontrando-se 54% no Médio Tejo e 46% na zona da Lezíria do Tejo. Em termos de dimensão média das explorações, no Médio Tejo existia uma área média de 5,4 ha por exploração, enquanto que na Lezíria a dimensão média das explorações era bastante superior - 14,7 ha.-. Por concelhos, as maiores explorações encontravam-se na margem esquerda do Tejo, nomeadamente nos concelhos de Chamusca, Benavente e Coruche, este, aliás, com a maior mancha agrícola e florestal do distrito. Quanto à utilização do solo, quer a maior SAU, como, também, a maior área de matas e florestas encontravam-se na sub-região da Lezíria do Tejo, se bem que nesta fosse mais acentuada a predominância da superfície agrícola, evidenciando as grandes potencialidades do território para a agricultura. Também no tipo de culturas praticadas na superfície agrícola utilizada nas duas sub-regiões, verificava-se uma inversão de valores, denunciando as diferentes práticas culturais existentes nos dois territórios. Assim, enquanto que as chamadas culturas temporárias representavam só 35% da superfície agrícola utilizada no Médio Tejo, estas na Lezíria, aproveitando as características dos seus solos, ocupavam cerca de 70% da mesma superfície. Em contrapartida, as denominadas culturas permanentes, representavam 65% da área agrícola utilizada do Médio Tejo, valor muito superior ao que se verificava na Lezíria. Esta concepção diferenciada das práticas culturais existentes nas duas sub-regiões, marca, decididamente, duas estruturas sócio-culturais distintas no território distrital. Por concelhos, Santarém, Coruche e Benavente, detinham no distrito as maiores superfícies afectas à prática de culturas de cariz temporário, enquanto que os concelhos de Abrantes, Torres Novas, Almeirim e, de novo, Santarém, possuíam as maiores superfícies afectas às chamadas culturas permanentes. Em termos de produção, predominam nas culturas temporárias os cereais para grão, as culturas forrageiras, as horto-frutícolas e hortícolas. Nas culturas permanentes, a vinha, a oliveira e os frutos secos eram os géneros que ocupavam maiores superfícies agrícolas. Nos cerca de 150 mil ha. de matas e florestas existentes no distrito de Santarém, o pinheiro, eucalipto e o sobro eram as espécies predominantes. De um modo geral, e tendo em conta as potencialidades dos tipos de aproveitamento agrícola de ambos os sistemas culturais, pode-se considerar que na região existem condições bastante favoráveis para a vinha, cereais praganosos de sequeiro, culturas oleaginosas e proteaginosas, para o milho e para o arroz, e ainda para a oliveira, a ftuticultura e a horticultura. Importa referir ainda, que em todo o ordenatnento cultural do distrito de Santarém, a produção de forragens, quer nos regadios, quer nos sistemas de sequeiro, desempenha um insubstituível papel na rotação do ciclo produtivo dos solos. Quanto à produção pecuária, e tendo como referência os valores do mesmo Recenseamento de 1989, veiificava-se uma maioria de gado ovino no Médio Tejo, sobretudo nos concelhos de Abrantes, Tomar, Ourém e Torres Novas, enquanto que na Lezíria do Tejo os suínos era o gado predominante, com especial relevância nos concelhos de Rio Maior, Santarém e Cartaxo. No contexto global das espécies pecuárias do distrito, os suínos com 58,2% e os ovinos com 24,7% representavam os maiores efectivos pecuários. Toda esta estrutura produtiva do sector primário, contribuía com cerca de 12% do VAB agrícola nacional, merecendo especial relevância, neste montante, o contributo da sub-região da Lezíria do Tejo, uma das regiões potencialmente mais produtivas do país. Quanto a produtos e em termos nacionais, são produzidos nestes terrenos ribatejanos, cerca de 50% dos horto-industriais, 41% dos hortofrutícolas, 22% do vinho, 16% dos hortícolas, 15% dos cereais, 27% da cortiça e 10% da madeira e resina. Na produção pecuária, o distrito de Santarém destaca-se, em termos qualitativos, pela excelência dos seus efectivos bovino (15% do efectivo nacional) e equíno, que lhe outorgam a primazia entre as regiões portuguesas da festa taurina com valor simultaneamente lúdico e económico. Da conjugação de todos estes elementos e de muitas mais outras ilações que os valores dos quadros anexos deixam perceber, é evidente o considerável peso que o sector agrícola possui nesta região do Ribatejo, nomeadamente a sua vertente agro-industrial que, inegavelmente, poderá vir a desempenhar a função de "motor" do processo de desenvolvimento da região. Isto, claro está, se para além do aproveitamento das suas reconhecidas potencialidades endógenas, forem de vez assumidos e resolvidos colectivamente, um conjunto de problemas estruturais que, na prática, se têm traduzido numa manifesta incapacidade em algumas das produções agrícolas, pecuárias ou silvícolas se desenvolverem correctamente e atingirem produtividades competitivas. lnquestionavelmente Santarém é uma região agrícola por excelência. No entanto, para uma maior valorização do seu contributo na agricultura portuguesa, toma-se necessário e urgente, a criação no sector agrícola regional de condições específicas que conduzam à diversificação da produção, ao aumento do produto e da produtividade e à modernização das tecnologias e métodos organizativos do processo produtivo. Tudo isto devidamente integrado numa estratégia de desenvolvimento sustentado, que tenha, também, em atenção a interligação e a complementaridade da actividade produtiva do sector agrícola com a indústria e o turismo do distrito de Santarém. RENATO CAMPOS in "O estado da agricultura", suplemento do Jornal "O Ribatejo" de 5/6/1997 |
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Explorações agrícolas no distrito - 1989 |
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RENATO CAMPOS in "O estado da agricultura", suplemento do Jornal "O Ribatejo" de 5/6/1997 |
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Abrantes | ![]() |
Agricultura, Azeite, Vinho,
Cereais, Pesca de subsistência, Madeiras. No âmbito do sector primário do concelho, a actividade agrícola tem uma importância significativa. Segundo o último recenseatnento agrícola (1989), laboravam no seu território 2.773 explorações agrícolas, não excedendo a sua área média os 16 ha. No entanto, a maioria possuía uma superfície inferior aos 5 ha onde imperava uma prática agrícola do tipo familiar. Quanto à utilização dos solos, o concelho de Abrantes detinha uma superfície agrícola utilizada (SAU) de perto de 16 mil ha, sendo todavia de realçar no concelho a área ocupada com matas e florestas, representando mais de 50% da sua área total. Nos solos mais férteis pratica-se uma agricultura intensiva que consta de culturas arvenses regadas, pomares e horticultura. Nos outros tipos de solos encontram-se culturas arvenses de sequeiro, olivais e vinha. No tipo de culturas, nas chamadas temporárias, o maior destaque vai para as culturas forrageiras, cerealíferas (milho, aveia) e horticultura. Nas culturas permanentes a mais predominante é o olival, seguido dos pomares (pessegueiros, laranjeiras e macieiras), e também de alguma vinha. A silvicultura tem uma considerável expressão no concelho, sendo as espécies mais comuns o sobreiro, o pinheiro bravo e o eucalipto. Na pecuária o concelho não mantém uma actividade significativa, predominando nas explorações intensivas a criação de vacas leiteiras e nas extensivas a criação de ovinos e caprinos em regime de pastoreio nas terras de charneca. Na estrutura produtiva concelhia do sector primário a produção vegetal contribui com 66%, a produção florestal com 24% e o produto animal não ultrapassa os 10%. (1) |
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Alcanena | ![]() |
Este concelho possui três
sub-zonas edáficas distintas que revelam
características geográficas diferentes, as quais dão
suporte a tipos de actividades do sector primário
bastante diversas. A "serra", constituída por
parte do maciço calcário das serras de Aire e de
SantoAntónio. O "bairro", na região Sul do
concelho, de relevo ondulado e com solos de média
fertilidade, e por uma zona situada entre as duas
anteriores, localizada na parte Oeste do concelho, onde
dominam os solos de arenitos. Em termos de superffcie
agrícola utilizada (S.A.U.), o concelho possuía 4.280
ha onde, em 1989, segundo o R.G.A., laboravam 1.229
explorações. As culturas permanentes, onde o olival e
os frutos secos representavam cerca de 90%, ocupavam
3.516 ha, ou seja, perto dos 80% da S.A.U. Nas culturas
temporárias, as forrageiras e os cereais para grão
constituíam as produções predominantes, enquanto que o
pinheiro bravo, a extracção de resina e o eucalipto
representavam os maiores contributos para o produto
florestal. Em termos pecuários, existiam no concelho de
Alcanena, em 1989, perto de 22.500 efectivos,
representando os suínos, caprinos, ovinos e bovinos os
maiores contingentes. Na estrutura do produto agrícola
bruto do concelho, a produção vegetal era responsável
por 55 %, o produto animal por 38% e a produção
florestal pelo restante. (1) |
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Almeirim | ![]() |
No concelho de Almeirim
existiam 2.339 explorações agrícolas ocupando uma
superfície agro-florestal de 17.419 ha, subdividida em
10.907 ha de área agrícola e 6.512 ha de área
florestal. Quanto à forma das explorações, metade era
do tipo familiar, e só cerca de 6% possuíam
trabalhadores com carácter de permanência. A
utilização dos solos agrícolas era repartida em 29%
por culturas temporárias e 71% por culturas permanentes.
Quanto às principais culturas existentes no concelho, a
vinha era predominante ocupando 47%, os frutícolas e
horto-frutícolas cerca de 15%, o milho 11 % e o tomate
4%. No que respeita à produção animal, existiam no
concelho em 1989 cerca de 22.000 efectivos, sendo metade
deste valor referente a suinos. Na estrutura anual do VAB
agrícola concelho o produto vegetal era responsável por
90%, a produção florestal por 6% e o sector animal por
4%. (1) |
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Alpiarça | ![]() |
A área territorial do
concelho de Alpiarça é dividida da seguinte forma: Zona do
campo...........2.573 ha..........27% Quanto à
forma de utilização da terra e segundo o R.G.A de 1989,
existiam no concelho 1.527 explorações agrícolas que
ocupavam uma área de 7.531 ha. Desta superfície, 6.531
ha (87%) era constituída por superfície agrícola
utilizada (S.A.U.) onde laboravam 761 explorações,
sendo 3.004 ha ocupados com culturas permanentes e 2.869
ha de terra arável limpa. A mancha florestal ocupa cerca
de 20% da área concelhia, se bem que apenas cerca de
metade não apresenta qualquer utilização sob coberto.
Para a grande predominância da área ocupada com
culturas permanentes contribui a notável dimensão da
área ocupada com vinha, se bem que, ultimamente, num
processo regressivo. O milho, os hortícolas, o tomate, o
melão, o trigo, as forragens e os pomares de
pessegueiros constituem, para além da vinha, as culturas
com maiores áreas agrícolas ocupadas. Em termos de PAB
agrícola, e simplesmente como indicativo de uma
estrutura produtiva, verifica-se que o produto vegetal
representava 92% da produção total, sendo os restantes
5% e 3% repartidos entre as produções florestal e
animal. Para a composição desta estrutura produtiva o
vinho contribuiu com 70% do PAB. |
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Benavente | ![]() |
De acordo com o
Recenseainento Agrícola de 1989, existiam no concelho de
Benavente 1.054 explorações, que correspondiam a uma
Superfície Agrícola Utilizada (SAU) de 28.696 ha, sendo
esta constituída principalmente por terras aráveis que
ocupavam cerca de 18.850 ha, e também por pastagens
permanentes, tendo as terras com culturas permanentes
pouca expressão. Das culturas temporárias presentes no
concelho, existia um predomínio das culturas forrageiras
anuais, sendo também importantes as áreas ocupadas com
o milho, o arroz, o trigo e as culturas hortícolas. Nas
culturas permanentes a vinha, com os seus cerca de 460
ha, era a que tinha maior significado. Pela sua
importância, valerá a pena realçar ainda as
potencialidades ímpares de regadio das várzeas do
Sorraia e Almansor. Na actividade pecuária havia um
predomínio da produção de bovinos, cerca de 13.820
cabeças, seguindo-se em importância a criação de
equídeos. Na composição do VAB agrícola concelhio a
produção vegetal representava cerca de 70%, a
produção florestal 16% e o produto animal 12%. Sob a
forma empresarial laboravam em 1993 no concelho, na
actividade do sector primário, 43 empresas, das quais 34
não tinham mais que 9 trabalhadores permanentes. Estas
empresas agro-pecuárias davam emprego a cerca de 500
trabalhadores, ou seja, perto de 13% da população
empregada no concelho de Benavente. (1) |
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Cartaxo | ![]() |
Segundo a última carta
geográfica, os 15.828 ha que formavam a área do
concelho apresentavam a seguinte distribuição: 11.892
ha para cultura agrícola, 2.475 ha de área florestal e
1.461 ha ocupados com a área social ou inculta. Ainda de
acordo com o R.G.A. de 1989, existiam no concelho 1.955
explorações agrícolas, ocupando uma superfície
agrícola útil de 8.696 ha, distribuídos do seguinte
modo: culturas permanentes 76,8% e culturas temperárias
23,2%. No âmbito das culturas permanentes, a vinha
ocupava uma área de cerca de 40%, tendo uma expressão
preponderante quer no contexto produtivo do concelho,
quer da Região. Em termos de VAB, a distribuição estrutural do sector era a seguinte: Produção
vegetal........84,5% Quanto a produtos, para além da preponderância da actividade vitivinícola, ganham significado as produções de cereais, horto-industriais, hortícolas e frutos. No domínio da pecuária, existiam cerca de 36.300 efectivos, representando os suínos 84% daquele quantitativo. (1) |
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Chamusca | ![]() |
Como na generalidade dos
concelhos da margem esquerda do Baixo Tejo, no concelho
da Chamusca estão representadas as três clássicas
subdivisões de carácter ecológico que caracterizam
esses territórios. O "campo", que se estende
ao longo da margem do rio, ocupa uma área de 5.273 ha,
cerca de 7% da área do Município, e concentra a larga
maioria da produção agrícola, sobretudo proveniente
das culturas de regadio. A parte da "chameca"
marca a passagem para a paisagem alentejana. São cerca
de 68.200 ha, representando 92% da área total do
Município, sendo a ocupação florestal a prática
dominante. A zona de "transição" ocupa apenas
800 ha (1 %) e concentra-se numa pequena mancha a Sul da
zona do campo. Quanto à forma de utilização da terra e
segundo o RGA (1989), existiam no concelho 2.895
explorações agrícolas ocupando uma área de 39.659 ha,
dos quais 13.034 ha correspondiam à superfície
agrícola utilizada (S.A.U.) onde a terra arável limpa e
as culturas e prados permanentes eram predominantes, e
cerca de 26.500 ha correspondiam à área ocupada com
matas e florestas sem culturas. Em termos de
distribuição da S.A.U., 2.947 ha eram ocupados com
culturas permanentes onde o olival, a vinha, os pomares
de pessegueiros e citrinos ocupavam, por ordem
decrescente, as maiores superfícies plantadas, enquanto
que às culturas temporárias era afectada uma área de
4.020 ha onde a produção de milho, tomate, melão,
trigo e aveia constituíam os produtos dominantes. Na produção florestal, o eucalipto, o montado de sobro e o pinhal são as espécies dominantes. Na actividade pecuária existiam cerca de 20.000 efectivos animais, onde os ovinos predominavam em perto de 60% daquele valor. Na estrutura do PAB agrícola do concelho da Chamusca, a produção vegetal contribuía com cerca de 59%, o produto vegetal com 35 % e o produto animal com 6%. (1) |
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Constância | ![]() |
De acordo com o R.G.A.,
existiam em 1989 no concelho de Constância só 151
explorações agrícolas, que ocupavam uma superfície
agrícola útil que não excedia os 1.203 ha. Em termos
relativos e pelo tipo de ocupação do solo, a área do
concelho divide-se em 61 % área agrícola, 32% área com
matas e florestas, 3,5% área com matas e 3,5% de áreas
com outros usos. Quanto à produção do sector
agrícola, o produto vegetal contribui com cerca de 32%
da produção, a produção animal com 16%, sendo o
restante oriundo da actividade florestal. No sector
vegetal salientam-se os produtos hortícolas com mais de
50% da produção, seguindo-se os cereais, o azeite, o
vinho, os hortoindustriais e as frutas. Na actividade
pecuária a principal produção é o gado ovino e no
sector florestal destaca-se o material lenhoso. (1) |
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Coruche | ![]() |
Arroz, Milho, Tomate,
Pomares (Pessegueiros e Citrinos), Vinha, Tabaco,
Pecuária, Silvicultura. A área total das explorações do concelho de Coruehe abrange cerca de 80.000 ha distribuídos conforme os seguintes usos: área agrícola 25%, área florestal 74% e área inculta e social 1 %. Devido à forte presença de solos com aptidão florestal, a superfície agrícola útil (SAU) de Coruche circunscreve-se apenas a uma área com perto de 28.000 ha. A estrutura fundiária regista um predomínio das pequenas ou muito pequenas explorações agrícolas que, apesar de constituírem 54% do número total das explorações, apenas ocupam 2, 1% da SAU, enquanto que pouco mais de 50 explorações ocupam mais que a terça parte da superfície agrícola utilizável. No âmbito das culturas temporárias predomina a policultura de pequena dimensão, destinada, em grande parte, ao auto-consumo, como são os casos da batata e culturas hortícolas e leguminosas para grão, a par das culturas para alimentação de animais como as forrageiras, aveia e milho. Acima dos l00 ha predominam as explorações especializadas nas culturas do milho para grão, arroz e tomate, mantendo-se também elevado o número de culturas forrageiras e horto-industriais, bem como, ainda, a cultura da vinha. Em termos florestais, a exploração da cortiça é predominante, representando cerca de 70% do produto vegetal. Quanto a efectivos pecuários, existiam em 1989 cerca de 55.000 cabeças de gado, constituindo os suinos perto de 39% e os ovinos 34%. Na estrutura do PAB do concelho de Coruche, a produção vegetal representava 56,9%, o produto animal 8,7% e os produtos de origem florestal 34,4%. (1) |
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Entroncamento | ![]() |
Neste concelho, pela sua
conhecida diminuta dimensão territorial, confinada quase
na exclusividade com a suas área urbana, praticamente
não existe qualquer actividade agrícola ou pecuária
com expressividade económica na região. (1) |
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Ferreira do Zêzere | ![]() |
Agricultura de
Subsistência, Fruticultura, Pecuária (suínos e aves),
Exploração Florestal, Pesca de Subsistência. De acordo com o R.G.A. de 1989, existiam no concelho 2.429 explorações agrícolas que ocupavam uma superfície agrícola utilizada de 3.871 ha. Desta área, 3.218 ha eram ocupados com culturas permanentes, nas quais o olival representava cerca de 70%. Nas culturas temporárias, os cereais para grão, a batata e as leguminosas constituiam as produções predominantes. Face às características orográficas e morfológicas do concelho, existe uma relativa superfície florestal que se vem a reflectir num considerável peso da actividade florestal na economia do concelho. Quanto à actividade pecuária, existiam em 1989 cerca de 21.000 animais, dos quais 63% eram suínos, traduzindo assim uma predominância da suinicultura que justificava a existência no concelho de algumas unidades de abate e transformação de carnes. Na estrutura produtiva, a produção vegetal representava perto de 70%, repartindo o produto animal e a produção florestal a parte restante. (1) |
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Golegã | ![]() |
Este concelho possui uma
área territorial, de 7.379 ha, possuia 4.566 ha de solos
situados na zona aluviana denominada "campo" e
2.813 ha na chamada zona de "transição".
Existiam, de acordo com o R.G.A de 1989, cerca de 940
explorações agrícolas, das quais perto de 400 ocupavam
5.400 ha da superfície agrícola utilizada (SAU). Nesta,
cerca de 72% dos solos eram utilizados para culturas
temporárias de regadio em que as searas de milho, trigo
e arroz constituíam as opções predominantes. Nas
culturas permanentes, o olival, alguns pomares de
pessegueiros e citrinos, e, cada vez menos a vinha,
constituíam a sua principal estrutura produtiva. Quanto
à actividade pecuária, existiam no concelho perto de
2.100 efectivos, sendo a criação de ovinos
predominante. Na distribuição do PAB concelhio, a
produção vegetal, como se induz da boa qualidade e
especificidade dos seus solos, representa cerca de 92% do
total do produto agrícola, sendo a produção restante
repartida pelo produto florestal e pela produção
animal. (1) |
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Mação | ![]() |
Face às características
morfológicas do concelho que apresenta uma orografia
bastante acidentada, apesar dos seus declives não serem
bastante acentuados, a ocupação dos solos apresenta a
seguinte distribuição: área agrícola 40,1 % e área
de matas e florestas - 57,3%. A dimensão média da
exploração é pequena, evidenciando a existência de
minifúndios e revelando ainda um considerável
parcelamento das explorações. Em termos de produção
agrícola vegetal, existe uma preponderância para os
hortícolas, milho, vinha, azeite e batata. O PAB
florestal corresponde na sua esmagadora maioria à
produção de pinheiro bravo e resina. Na actividade
produtiva de origem animal, a carne de suino, o leite, a
lã e a came do gado caprino e ovino constituiam os
principais produtos, merecendo ainda um significado muito
particular, pela qualidade evidenciada, a produção de
mel. Em termos produtivos, o produto vegetal representava
cerca de 65% do PAB concelhio do sector, enquanto que a
produção florestal contribuia com 27% e o produto
animal com 8%. (1) |
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Ourém | ![]() |
Segundo os valores do
R.G.A., existiam em 1989 no concelho de Ourém 5.682
explorações agrícolas, ocupando uma superfície
agrícola utilizada (SAU) de 7.806 ha. Dessa superfície,
5.117 ha (65%) eram ocupados com culturas permanentes nas
quais o olival representava 60%, seguido da vinha com
36%. As culturas temporárias espalhavam-se pela restante
superfície agrícola, sendo de destacar nestas a
produção de cereais para grão, as culturas
forrageiras, a batata e as leguminosas para grão. Na
actividade florestal, o pinheiro bravo, a produção de
resina e material lenhoso, constituiam as principais
produções. Em termos de produção pecuária, segundo o
mesmo Recenseamento, existiam no concelho 36.621
efectivos animais. Os ovinos e os caprinos representavam
cerca de 60% desse efectivo. A suinicultura absorvia o
segundo contingente. Na estrutura produtiva do sector, a
produção vegetal representava 61 % do total,
repartindo-se a restante produção mais ou menos
equitativamente pelos sectores animal e florestal. (1) |
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Rio Maior | ![]() |
Em Rio Maior existiam em
1989 (RGA) em todo o concelho, 3.958 explorações
agrícolas, que totalizavam uma área agro-florestal de
15.827 ha. Quanto ao tipo de ocupações dessa área, 29%
dizia respeito a culturas temporárias onde as forragens,
os cereais de grão e os horto-industriais predominavam,
41 % era ocupado com culturas permanentes, especialmente
vinha, olival e pomares, e os restantes 30% respeitantes
a solos ocupados com espécies florestais. As
explorações agrícolas eram sobretudo de pequena
dimensão, sendo cerca de 45% as que possuiam menos de 2
ha. Em termos pecuários, o concelho de Rio Maior tinha
um peso significativo, existindo em 1989 cerca de 140.000
efectivos, sendo perto de 125 mil só de suínos,
exploração pecuária muito característica e
tradicional no concelho devido à existência de
indústrias especializadas neste tipo de produção
animal. Estruturalmente, a produção do sector primário
era repartida percentualmente da seguinte forma: 58% do
produto vegetal, 34% da produção animal e 8% oriundo do
produto florestal. (1) |
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Salvaterra de Magos | ![]() |
De acordo com o R.G.A. de
1989, o concelho de Salvaterra de Magos possuía uma
superfície agrícola total de 14.71l ha, pertencendo
10.301 ha à superfície agrícola utilizada (SAU), 3.946
ha eram ocupados com matas e florestas, sendo o restante
correspondente a terrenos não utilizados. Existiam 1.335
explorações agrícolas, 85% das quais possuíam menos
de 5 ha, onde, também, o tipo de exploração por conta
própria ou o arrendamento fixo eram as formas de
exploração agrícola predominantes. Em termos de superfície agiícola utilizada, 78% era dedicada às culturas temporárias e 22% ao tipo de cultura com carácter permanente. Nas culturas temporárias os cereais para grão, onde a cultura do milho predomina, representam 36%, sendo também representativas as culturas hortícolas e frutícolas, bem como as forrageiras. As culturas de âmbito permanente representam cerca de 22% da SAU, ocupando a vinha 70% daquela área. Os pomares, sobretudo citrinos, e o olival são as restantes principais culturas praticadas de carácter permanente. Na actividade pecuária, que contava em 1989 com um total de 25.513 efectivos, a suinicultura era predominante, representando cerca de 62% daquele total. Em termos de produção do sector primário, o PAB vegetal, com 79%, era o mais significativo, sobretudo devido aos contributos das produções vinícola, hortícolas e horto-industriais, seguindo-se a produção florestal com 12% e a produção animal com 9%. (1) |
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Santarém | ![]() |
De acordo com o último
Recenseamento Geral Agrícola (I 989), existiam no
concelho de Santarém 6.537 explorações agrícolas
ocupando uma superfície agrícola útil de 33.395 ha.
Esta área agrícola era ocupada, essencialmente, por
15.596 ha de culturas permanentes e por 16.075 ha de
terras aráveis. Em tennos de culturas praticadas, a sua
repartição era a seguinte: Culturas
Temporárias....51% Culturas
Permanentes...49% Na actividade pecuária existiam 150.000 efectivos, representando os suínos 73% daquele valor. Em termos de explorações que detinham a forma empresarial, existiam em 1993 no concelho de Santarém 101 empresas agrícolas, representando 9% da totalidade das empresas do concelho, que absorviam, com carácter de permanência, cerca de 600 operários agrícolas. Em termos de VAB agrícola, a produção vegetal é a mais significativa, seguida da produção florestal e animal. (1) |
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Sardoal | ![]() |
Culturas Hortículas,
Culturas Hortofrutículas, Milho, Oliveira, Caça. Neste concelho de acordo com o RGA de 1989, existiam 715 explorações agrícolas ocupando uma superfície agrícola utilizada de 1.395 ha, nas quais as culturas permanentes representavam cerca de 82% dessa área. As terras aráveis limpas eram cerca de 14% e os prados e pastagens perto de 4% da SAU. Nas culturas temporárias, os cereais para grão e as culturas forrageiras são as que ocupam maior área, enquanto que nas culturas permanentes há um claro predomínio do olival. No sector florestal o pinheiro bravo e o eucalipto constituem as principais espécies. Na actividade pecuária existiam 4.820 efectivos, constituindo os caprinos, os ovinos e os suínos o gado predominante no concelho. Em termos de produto agrícola, a produção vegetal contribuía com 74%, o produto animal com 8% e a restante produção florestal com os restantes 18% do PAB concelhio. (1) |
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Tomar | ![]() |
Trigo, Milho, Tomate, Vinha,
Pomares, Oliveira, Pinheiro, Eucalipto, Floricultura,
Avicultura, Pecuária. Tomar e o seu concelho possuiam uma superfície agrícola utilizada (SAU) com 9.085 ha, onde segundo o R.G.A. de 1989, laboravam 4.791 explorações agrícolas. Da totalidade dessa S.A.U., 76% correspondem a culturas permanentes, onde o olival, a vinha e os frutos secos predominam. No âmbito das culturas temporárias, os cereais para grão e as culturas forrageiras ocupam as maiores áreas. Em termos de explorações agrícolas, 75% das mesmas têm menos de 2 ha e encontram-se parcealizadas em cerca de 5 blocos por exploração. As explorações com mais de 20 ha representam apenas 26% da área agro-florestal. Na produção florestal, o pinheiro bravo e a resina constituíam as principais produções de uma actividade com pouco peso económico no tecido produtivo do concelho, necessitando de medidas com vista a uma urgente e inadiável reflorestação. A produção pecuária possui uma relativa expressão, existindo no concelho, segundo o R.G.A, cerca de 27.000 efectivos, representando os ovinos perto de 52% desse total e os suinos 30%. Na estrutura produtiva do sector, o produto vegetal representava cerca de 7l % do PAB, seguido da produção animal com 19% e do produto florestal com o restante. (1) |
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Torres Novas | ![]() |
Olival, Frutos, Cereais. Se bem com alguns solos de boa qualidade, sobretudo nos vales do Almonda e da ribeira do Alvorão, o concelho de Torres Novas possui uma actividade agrícola com um relativo pouco peso na sua estrutura produtiva. Com uma superfície agrícola utilizada (SAU) de 11. 130 ha, onde laboram 3.113 explorações, 74% dessa área é ocupada por culturas permanentes, onde o olival e os frutos frescos são predominantes, e 26% destinam-se a culturas temporárias, nomeadamente a culturas forrageiras e à produção de cereais para grão. A produção florestal tem no concelho pouco significado, constituindo o pinheiro bravo a espécie mais predominante. Quanto à actividade pecuária e segundo o RGA de 1989, existem no concelho cerca de 21.000 efectivos, representando os ovinos cerca de 50% desse total de animais. Em termos de estrutura produtiva do sector no concelho, a produção vegetal contribui com cerca de 83%, seguindo-se o produto animal com 14% e a produção florestal com o restante. (1) |
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Vila Nova da Barquinha | ![]() |
Agricultura, Pomares, Milho,
Eucalipto, Pesca. Sendo um concelho com um espaço territorial pequeno, não admira que a área agrícola também seja pequena. Assim, segundo o R.G.A. de 1989, dos 1.622 ha que correspondiam a 534 explorações, 42% eram ocupados com área agrícola, 37% com matas e florestas e 21% com matas e estevas. A superfície agrícola utilizada era constituída por 678 ha, repartida por 243 pequenas explorações, correspondendo 508 ha a culturas permanentes onde o olival é predominante, e 111 ha a terras aráveis afectas a culturas temporárias destinadas fundamentalmente a hortícolas e horto-frutícolas. Em termos de actividade pecuária, existiam 2.500 efectivos, onde os suínos representavam 53% daquele valor, seguido da criação de gado ovino com 31 %. Quanto à estrutura do produto agrícola do concelho, o mesmo era repartido pelo sector vegetal que contribuia com 48,3%, o sector florestal com 34,8%, sendo a produção animal responsável por 16,9%. (1) (1) RENATO CAMPOS. "O estado da agricultura", suplemento do Jornal "O Ribatejo" de 5/6/1997 Os dados relativos às principais actividades dos Concelhos de Abrantes, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Torres Novas, Tomar e Vila Nova da Barquinha, foram gentilmente cedidos pela Região de Turismo dos Templários. |
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